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Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gastroenterologia

Probióticos e prebióticos

 

Fevereiro de 2017

 

Equipe de revisão

Francisco Guarner (Coordenador, Espanha)
Mary Ellen Sanders (Co-Coordenadora, EUA.)

Rami Eliakim (Israel)
Richard Fedorak (Canadá)
Alfred Gangl (Áustria)
James Garisch (África do Sul)
Pedro Kaufmann (Uruguai)
Tarkan Karakan (Turquia)
Aamir G. Khan (Paquistão)
Nayoung Kim (Coreia do Sul)
Juan Andrés De Paula (Argentina)
Balakrishnan Ramakrishna (Índia)
Fergus Shanahan (Irlanda)
Hania Szajewska (Polônia)
Alan Thomson (Canadá)
Anton Le Mair (Países Baixos)

Especialistas convidados

Dan Merenstein (EUA)
Seppo Salminen (Finlândia)


Conteúdo

(Clique para expandir secção)

1. Probióticos e prebióticos— o conceito

1.1  Histórico e definições

Há mais de um século, Elie Metchnikoff (cientista russo, prêmio Nobel e professor do Instituto Pasteur em Paris) postulou que as bactérias ácido-lácticas (BAL) ofereciam benefícios à saúde que levavam à longevidade. Sugeriu que a “autointoxicação intestinal” e o envelhecimento resultante poderiam ser suprimidos modificando a flora intestinal e utilizando micróbios úteis para substituir os micróbios proteolíticos —produtores de substâncias tóxicas que surgem da digestão de proteínas, entre as quais se encontram fenóis, indóis e amônia. Desenvolveu então uma dieta com leite fermentado com a bactéria que denominou de “bacilo búlgaro”.

Este conceito continuou evoluindo e os distúrbios do trato intestinal foram tratados frequentemente com bactérias não patogênicas viáveis para mudar ou substituir a microbiota intestinal. Em 1917, antes de Alexander Fleming descobrir a penicilina, o cientista alemão Alfred Nissle isolou uma cepa não patogênica de Escherichia coli das fezes de um soldado da Primeira Guerra Mundial que não tinha desenvolvido enterocolite durante um surto grave de shigellose. Essa cepa resultou ser Escherichia coli Nissle 1917, e constitui um dos poucos exemplos de um probiótico não BAL.

Henry Tissier (do Instituto Pasteur) isolou pela primeira vez uma Bifidobacterium de um lactente amamentado no peito com o objetivo de administrá-la aos lactentes que sofrem de diarreia. Sua hipótese era que as bifidobactérias deslocariam às bactérias proteolíticas que provocavam a diarreia. No Japão, o Dr. Minoru Shirota isolou a cepa Shirota de Lactobacillus
casei
para enfrentar os surtos de diarreia. Um produto probiótico com esta cepa vem sendo comercializado desde 1935.

Esses foram os primeiros antecessores de uma área científica que cresceu. Hoje, uma busca por ensaios clínicos em humanos na PubMed mostra que foram publicados mais de 1500 ensaios sobre probióticos e quase 350 sobre prebióticos. Apesar desses estudos serem heterogêneos no que se refere às cepas, prebióticos analisados e populações incluídas, a evidência acumulada apoia a ideia de que os benefícios são mensuráveis em muitos parâmetros.

Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro [1] (Tabela 1). As espécies de Lactobacillus (Fig. 1) e Bifidobacterium são as mais usadas como probióticos, mas o fermento Saccharomyces boulardii e algumas espécies E. coli e Bacillus também são usadas. Os novos agentes incluem também Clostridium butyricum, aprovado recentemente como novo alimento na União Europeia. As bactérias de ácido láctico, como a espécie Lactobacillus, que foram usadas para a conservação de alimentos por fermentação durante milhares de anos, podem agir como agentes fermentadores de alimentos e gerar, também, efeitos benéficos à saúde. Em rigor, no entanto, o termo “probiótico” deve ser reservado para os micróbios vivos que, em estudos humanos controlados, demonstraram produzir benefícios à saúde. A fermentação é utilizada em nível mundial para a conservação de várias matérias primas agrícolas (cereais, raízes, tubérculos, frutas e hortaliças, leite, carne, peixe, etc.).

Fig. 1  Microfotografia eletrônica de Lactobacillus salivarius UCC118 aderido a células Caco-2. Reproduzido com licença de Blackwell Publishing Ltd.

 

1.2  Prebióticos e simbióticos

O conceito de prebióticos é mais recente do que o de probióticos, e foi proposto inicialmente por Gibson e Roberfroid em 1995 [2]. Os principais aspectos do prebiótico são que é não digerível pelo hospedeiro e que beneficia a saúde do indivíduo graças a seu efeito positivo sobre os micróbios benéficos autóctones. A administração ou uso de prebióticos ou probióticos visa influenciar beneficamente o ambiente intestinal dominado por trilhões de micróbios comensais. Os probióticos e prebióticos demonstram ter efeitos favoráveis que vão além do intestino, mas esta diretriz se concentrará nos efeitos sobre o intestino.

Os prebióticos são substâncias alimentares compostas basicamente por polissacarídeos não amido e oligossacarídeos. A maioria dos prebióticos é usada como ingredientes de alimentos — em bolachas, cereais, chocolate, pastas e laticínios, por exemplo. Os prebióticos mais conhecidos são:

  • Oligofrutose
  • Inulina
  • Galactooligossacarídeos
  • Lactulose
  • Oligossacarídeos do leite de peito

A lactulose é um dissacarídeo sintético usado para o tratamento da constipação e da encefalopatia hepática. A oligofrutose prebiótica está presente naturalmente em muitos alimentos como trigo, cebolas, bananas, mel, alho e alho-porró. A oligofrutose também pode ser extraída da raiz de chicória ou pode ser sintetizada por via enzimática a partir da sacarose.

A fermentação da oligofrutose no cólon resulta em um grande número de efeitos fisiológicos, incluindo:

  • Aumento do número de bifidobactérias no cólon
  • Aumento da absorção do cálcio
  • Aumento do peso fecal
  • Encurtamento da duração do trânsito gastrointestinal
  • Possível efeito hipolipemiante

O aumento de bifidobactérias colônicas é considerado benéfico para a saúde humana graças à produção de compostos que inibem os patógenos potenciais, reduzindo os níveis sanguíneos de amônio e produzindo vitaminas e enzimas digestivas.

Os simbióticos são combinações apropriadas de prebióticos e probióticos. Um produto simbiótico exerce um efeito tanto prebiótico como probiótico.

1.3  Gêneros, espécies e cepas usados como probióticos

As cepas de probióticos são identificadas segundo seu gênero, espécie, subespécie (se corresponder) e uma denominação alfanumérica que identifica uma cepa específica. A comunidade científica acordou uma nomenclatura para os microrganismos—por exemplo, Lactobacillus casei DN-114 001 ou Lactobacillus rhamnosus GG. A comunidade científica não controla os nomes comerciais. Segundo as diretrizes da OMS/FAO (http://www.fao.org/3/aa0512e.pdf), os fabricantes de probióticos devem registrar suas cepas com uma depositária internacional que outorgará uma denominação adicional às cepas. A Tabela 2 mostra alguns exemplos das cepas comerciais e os nomes correspondentes.

No caso dos probióticos é importante usar as denominações das cepas, visto que a abordagem mais séria sobre a evidência dos probióticos é poder associar benefícios (como os objetivos gastrointestinais específicos analisados nesta diretriz) a determinadas cepas ou combinações de cepas de probióticos na dose eficaz.

As recomendações para o uso de probióticos, especialmente na prática clínica, devem ligar as cepas específicas com os benefícios declarados a partir de estudos em seres humanos. Algumas cepas têm propriedades singulares que podem explicar certas atividades neurológicas, imunológicas e antimicrobianas. Entretanto, um conceito emergente no campo dos probióticos é reconhecer que alguns mecanismos da atividade probiótica estão compartilhados provavelmente entre as diferentes cepas, espécies ou inclusive gêneros. Muitos probióticos podem funcionar de maneira similar com respeito à sua capacidade de promover resistência à colonização, regular o trânsito intestinal ou normalizar a microbiota alterada. Por exemplo, a capacidade de melhorar a produção de ácidos graxos de cadeia curta ou de reduzir o pH luminal no cólon pode ser o benefício principal expressado por muitas cepas de diferentes probióticos. Em consequência, é provável que alguns benefícios dos probióticos surjam de muitas cepas de determinadas espécies bem estudadas de Lactobacillus e Bifidobacterium. Se o objetivo do consumo de probiótico for melhorar a saúde do aparelho digestivo, talvez muitas preparações diferentes contendo quantidades adequadas de espécies bem-estudadas sejam suficientes.

No campo dos probióticos é frequente as revisões sistemáticas e metanálises incluírem cepas múltiplas. Esse tipo de abordagem é válido se for demonstrado que os mecanismos de ação compartilhados entre as diferentes cepas incluídas são os causantes do benefício que está sendo avaliado.

1.4  Microbiota colonizante

As funções tanto dos probióticos quanto dos prebióticos estão entrelaçadas com os micróbios que colonizam os seres humanos. Os prebióticos servem como fonte de alimento para os membros benéficos da comunidade bacteriana comensal, promovendo assim a saúde. A interação entre probióticos e células anfitriãs, ou entre probióticos e micróbios autóctones, oferece um meio fundamental para influenciar na saúde do hospedeiro.

O intestino contém um grande número de micróbios, localizados principalmente no cólon, incluindo centenas de espécies (Tabela 3). Estimativas sugerem que há mais de 40 trilhões de células bacterianas presentes no cólon de um ser humano adulto inclusive uma proporção pequena de arquea - menos de 1%). Fungos e protistas também estão presentes, com pouca contribuição em termos de números de células, enquanto vírus/fagos podem exceder em número as células bacterianas. Ao todo, os micróbios do intestino acrescentam uma média de 600.000 genes a cada ser humano.

A nível de espécies e cepas, a diversidade microbiana entre indivíduos é bastante notável: cada indivíduo abriga seu próprio padrão distintivo de composição bacteriana, determinado em parte pelo genótipo do hospedeiro, como resultado da colonização inicial quando o nascimento por transmissão vertical, e através de hábitos dietéticos.

Em adultos saudáveis, a composição fecal é estável com o passar do tempo. No ecossistema do intestino humano predominam duas divisões bacterianas -Bacteroidetes e Firmicutes- que representam mais de 90% dos micróbios. O resto são Actinobacteria, Proteobacteria, Verrucomicrobia e Fusobacteria.

A interação normal entre as bactérias intestinais e seu hospedeiro é uma relação simbiótica. A presença de um grande número de estruturas linfoides organizadas na mucosa do intestino delgado (placas de Peyer) e do intestino  grosso (folículos linfoides isolados) sugere a importante influência das bactérias intestinais na função imunológica. O epitélio que cobre estas estruturas é especializado em captação e amostragem de antígenos, e contém centros germinais linfoides para indução de respostas imunes adaptáveis ou adquiridas. No cólon, os microrganismos proliferam fermentando os substratos disponíveis da dieta ou a partir de secreções endógenas e contribuem para a nutrição do hospedeiro.

Muitos estudos demonstraram que as populações de micróbios colonizadores diferem entre indivíduos saudáveis e outros com doença ou em condições insalubres. Entretanto, os investigadores não podem ainda definir a composição de uma microbiota humana saudável. Algumas bactérias comensais (como Roseburia, Akkermansia, Bifidobacterium e Faecalibacterium prausnitzii) parecem estar associadas mais comumente com um estado saudável, mas atualmente se está trabalhando ativamente nessa área de pesquisa para determinar se a suplementação com estas bactérias pode melhorar a saúde ou reverter a doença.

1.5  Mecanismos de ação dos probióticos

Os prebióticos afetam as bactérias intestinais aumentando o número de bactérias anaeróbias benéficas e diminuindo a população de microrganismos potencialmente patogênicos. Os probióticos afetam o ecossistema intestinal estimulando os mecanismos imunes da mucosa, interagindo com microrganismos comensais ou potencialmente patogênicos, gerando produtos metabólicos finais, como ácidos graxos de cadeia curta, e se comunicando com as células do hospedeiro através de sinais químicos (Figura 2; Tabela 4). Estes mecanismos podem conduzir ao antagonismo de patógenos potenciais, a melhorar o ambiente intestinal, fortalecer a barreira intestinal, à regulação negativa da inflamação e à regulação positiva da resposta imune a desafios antigênicos. Estima-se que esses fenômenos conduzem a efeitos benéficos, inclusive redução da incidência e  gravidade da diarreia, a patologia que mais se beneficia do uso de probióticos.

 

2.  Produtos, alegações de saúde e comercialização

2.1  O mercado

Os produtos contendo probióticos tiveram sucesso em muitas regiões do mundo. Existe uma ampla gama de produtos disponível no mercado, desde alimentos convencionais até medicamentos de prescrição (Tabela 5).

As alegações que podem ser feitas sobre estes tipos de produto diferem dependendo da supervisão reguladora em cada região. Geralmente, probióticos e prebióticos são vendidos como alimentos ou suplementos alimentares. Normalmente, nenhuma menção de doença ou patologia é permitida, as alegações tendem a ser gerais e os produtos são dirigidos à população de boa saúde geral.  "Produtos naturais para a saúde" é uma categoria específica para o Canadá onde  as autoridades reguladoras aprovam alegações e o uso do produto para tratar doenças é permitido.

Do ponto de vista científico, uma descrição adequada de um produto probiótico apresentada no rótulo deve incluir:

  • Identificação de gênero e espécie, com nomenclatura congruente com os nomes
    cientificamente reconhecidos e atuais
  • Denominação de cepa
  • Contagem de organismos viáveis de cada cepa ao final do prazo de validade
  • Condições de armazenamento recomendadas
  • Segurança nas condições de utilização recomendadas
  • A dose recomendada, baseada na indução do efeito fisiológico alegado
  • Uma descrição precisa do efeito fisiológico, na extensão permitida pela lei
  • Informações de contato para vigilância pós-comercialização

O mercado global para probióticos foi estimado em US$ 32,06 bilhões em 2013, segundo um relatório de Grand View Research de 2015. Escolher entre uma multidão de alimentos, suplementos e produtos farmacêuticos no mercado é uma tarefa difícil. Os documentos listados em Tabela 6 fornecem algumas orientações nesse sentido.

2.2  Produtos: doses e qualidade

A qualidade dos produtos de probióticos depende do fabricante. Como a maioria não é elaborada seguindo os padrões farmacêuticos, as autoridades reguladoras podem não supervisionar a adesão aos padrões de qualidade. As questões especificamente importantes para a qualidade probiótica incluem manutenção de viabilidade (expressada pelas unidades formadoras de colônias ou UCF) até o fim da validade do produto e uso da nomenclatura atual para identificar gênero, espécie e cepa de todos os organismos incluídos no produto.

A dose de probióticos necessária varia muito em função da cepa e do produto. Embora muitos produtos de venda livre forneçam entre 1–10 bilhões de UFC/dose, alguns produtos demonstraram ser eficazes em níveis mais baixos, enquanto outros requerem quantidades maiores. Não é possível estabelecer uma dose geral necessária de probióticos; a dose deve ser baseada em estudos com seres humanos que mostram benefícios para a saúde.

Devido a que os probióticos estão vivos, eles são suscetíveis de morrer durante o armazenamento do produto. Os fabricantes responsáveis da elaboração incluem um excedente de modo que, no fim da vida útil do produto, não caia abaixo da potência declarada no rótulo. Apesar de não serem tão bem estudadas como outras, as cepas probióticas formadoras de esporas têm a vantagem de resistirem melhor o estresse ambiental durante sua vida útil. Em alguns casos foi demonstrado que os produtos probióticos no mercado não cumprem o declarado no rótulo quanto ao número e tipo de micróbios viáveis presentes no produto.

Nota: Uma faixa especificada de unidades formadoras de colônias admissíveis deveria ser exigida talvez para minimizar os riscos de toxicidade e a perda de efeitos entre a produção e o final da vida útil [3,4].

2.3  Inocuidade do produto

A maioria do probióticos em uso hoje provém de alimentos fermentados ou de micróbios que colonizam um ser humano saudável e foram usados em produtos durante décadas. Com base na prevalência de lactobacilos em alimentos fermentados, como colonizadores normais do corpo humano e o baixo nível de infecção a eles atribuído, seu potencial patogênico é considerado como bastante baixo pelos especialistas na matéria. As espécies de  Bifidobacterium beneficiam de um recorde de segurança semelhante. A maioria dos produtos são concebidos para uma população de boa saúde geral, e por isso, em pessoas com função imunológica comprometida ou doença de base grave é melhor restringir seu uso às cepas e indicações com eficácia comprovada, como descrito em seção 4. Os padrões microbiológicos de qualidade devem satisfazer as necessidades dos pacientes em risco, como explicado por Sanders e col. [4]. Testes ou uso de novos probióticos com indicações para outras doenças só são aceitáveis após sua aprovação por um comitê de ética independente. As bactérias de ácido láctico tradicionais, há muito associadas com a fermentação de alimentos, são comumente consideradas seguras para consumo oral como parte de alimentos e de suplementos para a população saudável e nos níveis usados tradicionalmente.

 

3. Aplicações clínicas

O pensamento atual sobre as aplicações clínicas de vários probióticos ou prebióticos na gastroenterologia é resumido a seguir. As recomendações específicas para diferentes indicações são baseadas em níveis de evidência graduada (Tabela 7) e resumidas nas Tabelas 8 e 9.

3.1  Prevenção do câncer colorretal

  • Embora se pense que a dieta contribui para o aparecimento do câncer colorretal, e a pesar dos probióticos e prebióticos terem demonstrado melhorar os biomarcadores associados com este câncer, os dados que mostram algum benefício dos probióticos ou prebióticos na prevenção do câncer colorretal nos seres humanos são limitados.

3.2  Tratamento e prevenção da diarreia

3.2.1  Tratamento da diarreia aguda

  • Algumas cepas probióticas agem reduzindo a severidade e a duração da diarreia infecciosa aguda em crianças. A administração oral encurta a duração da doença diarreica aguda em crianças em aproximadamente 1 dia. Foram publicadas várias metanálises de ensaios clínicos controlados sobre outras cepas probióticas mostrando resultados consistentes que sugerem que os probióticos provavelmente sejam seguros e eficazes. No entanto, os mecanismos de ação podem ser específicos para cada cepa.

3.2.2  Prevenção da diarreia aguda

  • Na prevenção da diarreia de adultos e crianças, há evidência de que certos probióticos podem ser eficazes em alguns contextos específicos.

3.2.3  Prevenção da diarreia associada a antibióticos

  • Para a prevenção da diarreia associada a antibióticos, existem fortes evidências de eficácia em adultos ou crianças recebendo antibióticos.

3.2.4.  Prevenção da diarreia por Clostridium difficile

  • Uma metanálise de 2016 [5] concluiu que os probióticos podem reduzir o risco de apresentar diarreia associada a C. difficile em pacientes recebendo antibióticos. No entanto os autores advertem que são precisos mais estudos para determinar a melhor dose e cepa.

3.2.5  Prevenção da diarreia induzida por radiação

  • A microbiota intestinal pode desempenhar um papel importante na diarreia induzida por radiação, reforçando a função de barreira intestinal, melhorando a imunidade inata e estimulando os mecanismos de reparação intestinal. Uma metanálise de 2013 [6] concluiu que os probióticos podem ser benéficos na prevenção e possivelmente no tratamento da diarreia induzida por radiação.

3.3  Erradicação do Helicobacter pylori

  • O Relatório do Consenso de Maastricht V/Florência de 2016 sobre o tratamento da infecção por H. pylori concluiu que probióticos e prebióticos são promissórios para reduzir os efeitos secundários do tratamento do H. pylori. Porém, a qualidade da evidência e o grau de recomendação foram baixos. Uma metanálise de ensaios randomizados realizado em 2014 [7] sugere que suplementar os regimes antibióticos anti-H. pylori com determinados probióticos seria também efetivo para aumentar as taxas de erradicação e pode ser considerado útil para os pacientes caso falhe a erradicação. Atualmente, há evidência insuficiente para avalizar o conceito da eficácia de um só probiótico, sem antibioticoterapia concomitante.

3.4  Prevenção e tratamento da encefalopatia hepática

  • Os prebióticos como a lactulose são usados comumente na prevenção e tratamento desta complicação da cirrose. A evidência disponível para um preparado simbiótico sugere que é possível reverter uma encefalopatia hepática mínima.

3.5  Resposta imune

  • Existe evidência de que várias cepas probióticas e a oligofrutose prebiótica servem para reforçar a resposta imune. A evidência indireta foi obtida a partir de estudos destinados a evitar a doença infecciosa aguda (diarreia nosocomial em crianças, episódios de influenza no inverno) e de estudos que analisaram as respostas dos anticorpos às vacinas.

3.6  Doença inflamatória intestinal (DII)

3.6.1  Pouchite

  • Existe boa evidência a favor da utilidade dos probióticos na prevenção de um ataque inicial de pouchite e na prevenção de recidivas ulteriores após induzir sua remissão com antibióticos. É possível recomendar o uso de probióticos a pacientes com pouchite de atividade leve ou como terapia de manutenção para os pacientes em remissão. 

3.6.2  Colite ulcerativa

  • Alguns probióticos demonstraram ser seguros e tão eficazes quanto a terapia convencional para melhorar as taxas de resposta e remissão na colite ulcerativa de leve a moderadamente ativa em crianças e adultos.

3.6.3  Doença de Crohn

  • Os estudos de probióticos na doença de Crohn indicaram que não há evidência de que os probióticos sejam benéficos para a manutenção da remissão na doença de Crohn.

3.7  Síndrome do intestino irritável (SII)

  • Nos estudos publicados, a redução da distensão abdominal e da flatulência são achados constantes nos tratamentos com probióticos; algumas cepas podem melhorar a dor e dar alívio geral. A literatura sugere que certos probióticos podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida em pacientes com dor abdominal funcional.

3.8  Cólica

  • Foi demonstrado que certas cepas probióticas reduzem o tempo de choro dos bebês amamentados no peito e com cólicas.

3.9  Má absorção da lactose 

  • Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus melhoram a digestão da lactose e reduzem os sintomas relacionados com sua intolerância. Isto foi confirmado por uma série de estudos controlados com indivíduos que consumiam iogurte com culturas vivas.

3.10  Enterocolite necrosante

  • A suplementação com probióticos reduz o risco de enterocolite necrosante em recém-nascidos prematuros. As metanálises dos ensaios controlados randomizados também demonstraram uma redução do risco de morte em grupos tratados com probióticos, embora nem todas as preparações probióticas provadas sejam efetivas. A quantidade necessária para tratar de prevenir a morte por todas as causas pelo tratamento com prebióticos é de 20.

3.11  Doença hepática gordurosa não alcoólica

  • A utilidade de certo probióticos como uma opção terapêutica para mitigar esteatohepatite foi provada através de vários ensaios clínicos randomizados em adultos e crianças. Os probióticos melhoraram os resultados do modelo de avaliação da homeostase (HOMA, sigla em inglês), colesterolemia, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e testes de função hepática - alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST). Confirmar os benefícios a longo prazo requer estudos adicionais.

3.12  Prevenção de infecções sistêmicas

  • Não existe evidência suficiente para apoiar o uso de probióticos e simbióticos em pacientes adultos graves em unidades de cuidados intensivos.

Apesar de estar fora do âmbito desta diretriz, pode ser de interesse para os leitores notar que probióticos e prebióticos demonstraram afetar vários resultados clínicos que estão fora do espectro normal da doença gastrointestinal. As novas evidências sugerem que a microbiota intestinal pode afetar várias doenças não gastrointestinais, estabelecendo assim uma ligação entre essas doenças e o trato gastrointestinal. Muitos estudos demonstraram que os probióticos podem reduzir a vaginose bacteriana, prevenir a dermatite atópica nos lactentes, reduzir os patógenos orais e as cáries dentárias e reduzir a incidência e duração das infecções comuns do trato respiratório superior. O benefício dos probióticos durante o período perinatal prevenindo doenças alérgicas levou à uma recomendação de Organização Mundial de Alergia sobre o uso de probióticos durante a gravidez, amamentação e desmame em famílias com risco alto de doença alérgica. Também estão sendo testados probióticos e prebióticos para a prevenção de algumas manifestações da síndrome metabólica, inclusive excesso de peso, diabetes tipo 2 e dislipidemia.

 

4. Sumários de evidência a favor dos probióticos e prebióticos para adultos e crianças —quadro geral

As Tabelas 8 e 9 resumem uma série de doenças gastrointestinais nas quais a administração oral de uma cepa específica de probióticos ou um prebiótico demonstrou ser eficaz em, pelo menos, um ensaio clínico bem desenhado. O propósito destas tabelas é informar o leitor sobre a existência de estudos que apoiam a eficácia e segurança dos produtos listados, porque alguns outros produtos à venda no mercado podem não ter sido testados.

A lista pode não estar completa, devido a que novos estudos estão em processo de publicação. O nível de evidência pode variar entre as diferentes indicações. As doses mostradas são aquelas usadas nos ensaios clínicos randomizados. A ordem dos produtos enumerados é aleatória.

A evidência decorrente dos estudos comparativos para classificar os produtos em termos de eficácia é insuficiente. As tabelas não oferecem graus de recomendação, somente níveis de evidência de acordo com os critérios do Centro Oxford para Medicina baseada em evidência (Tabela 7). Também são mostradas recomendações de sociedades médicas.

 

5. Referências

5.1  Referências gerais

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